Na última semana, Belém se tornou o epicentro do conhecimento científico e cultural com a realização da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sediada no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará. O evento reuniu uma diversidade de atividades que promoveram debates sobre sustentabilidade, inclusão e a riqueza cultural da região Norte.
Um dos destaques foi a presença marcante da vereadora Professora Silvia Leticia e seu mandato coletivo, que participaram ativamente de atos em defesa do povo palestino e na demanda por mais investimentos na educação pública federal.
Este posicionamento político enfatizou a importância da ciência e da educação como pilares fundamentais para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do país.
SOBRE O EVENTO:
A tenda cultural foi um verdadeiro ponto de convergência, onde o tradicional Círio de Nazaré dividiu espaço com exposições das religiões de matriz africana, destacando a rica pluralidade cultural e religiosa da Amazônia. A gastronomia paraense, representada pela tenda do Ver-o-Peso, complementou a experiência, oferecendo aos visitantes uma amostra das delícias locais que são ícones da culinária regional.
Além disso, as tendas dedicadas à conscientização cultural deram voz àqueles que historicamente foram marginalizados, permitindo que compartilhassem suas ancestralidades e costumes com dignidade e respeito. A acessibilidade também foi uma prioridade, com equipes de apoio identificadas para pessoas com deficiência e outras necessidades especiais, garantindo que todos pudessem desfrutar plenamente do evento.
A SBPC Jovem se destacou ao atrair a atenção dos pequenos com estandes científicos interativos de várias partes do Brasil, estimulando o interesse pela ciência desde cedo, pais como Armando Sobral destacaram a importância desse contato para a educação complementar de seus filhos, enriquecendo seu conhecimento sobre temas diversos e sobre a Amazônia “Acho super importante, enquanto isso tem um fator na complementação escolar dele, despertar ele para outras áreas do conhecimento e informações que normalmente ele não tem acesso na escola. Acho que o SBPC proporciona essa abertura de informação e de conhecimento que desperta nele o interesse por outros temas relacionados à ciência e à Amazônia.”
Diversas instituições e museus do Brasil todo participaram ativamente, apresentando desde estudos sobre o ciclo de vida de mosquitos até a biodiversidade das formigas amazônicas. O Museu Paraense Emílio Goeldi, por exemplo, trouxe uma experiência imersiva sobre o ambiente costeiro e curiosidades das formigas, utilizando dinâmicas lúdicas que cativaram o público, especialmente as crianças.
Alicia Nogueira, que participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) no museu Emílio Goeldi, compartilhou orgulhosa: “O nosso estande está apresentando o ambiente costeiro, e também sobre as formigas amazônicas, com suas diversidades e curiosidades. Criamos dinâmicas e brincadeiras para interações entre as crianças e o tema. Além de brindes, trouxemos esta caixa com amostras de diversas formigas, para as pessoas conseguirem visualizar as diferenças entre elas.”
O tema central "Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contato social com a natureza" permeou todas as atividades do evento, reforçando o compromisso com um desenvolvimento que respeite e preserve o meio ambiente, ao mesmo tempo que promove a inclusão social através do conhecimento científico.
A 76ª SBPC não apenas consolidou Belém como um polo de debates científicos e culturais, mas também evidenciou a importância da colaboração entre diferentes campos do saber para construir um futuro mais justo para todos. Este encontro reafirmou que a ciência e a cultura são pilares essenciais para a construção de uma sociedade mais consciente e inclusiva.
Texto e imagens: Equipe Mandato Coletivo/info.revolução
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