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Informação Completa

FOME, INDIGÊNCIA DEVASTAM O PAÍS E RECURSOS PÚBLICOS VÃO PARA O RENTISMO E À CORRUPÇÃO

Por: Nancy Galvão e Alexandre Alves – Coordenação de Luta Socialista/PSOL

O Brasil com a projeção de crescimento “otimista” do FMI cresceria entre 0,8% a 1,9%, bem abaixo da média prevista para as economias de países emergentes de 5,1% em 2022. É necessário analisar os dados no global e em perspectiva. Retrocedemos, após 28 anos, no poder de compra do salário mínimo, três anos consecutivos de aumentos abaixo da inflação e o atual valor de R$1212,00 representa menos de um quinto do salário mínimo do DIEESE, calculado em abril, para satisfazer as necessidades básicas, segundo a Constituição Federal, de uma família com 4 pessoas, o mínimo deveria ser de R$6754,33. Além do esmagamento da massa salarial, dados do IBGE, resultados da PNAD contínua, apontam que no 1° trimestre de 2022 tínhamos uma população de mais de 11,9 milhões de desempregados, mais de 4,6 milhões de desalentados, somando aos milhões de trabalhadores subempregados e sem direitos representam o triste retrato da classe trabalhadora na Pátria amada de Bolsocaro.

Carestia insuportável


No país que é o terceiro produtor mundial de alimentos, mais de 55% da população sofre de algum tipo de insegurança alimentar, são 19 milhões de famintos! A crise social, nos últimos dois anos, se agravou com a disparada dos preços dos alimentos: tubérculos, raízes e legumes tiveram aumento de 126,3%; óleos e gorduras 95,4%; hortaliças e verduras 80%; frutas 46,3%; cereais e leguminosas oleaginosas 43%; aves e ovos 40,4%; açúcares e derivados 35,6%; leite e derivados 32,8%; carnes 30,9%. O transporte aumentou 26,9%; gás de cozinha alta de 32,34% nos últimos doze meses, sem falar nos aumentos sucessivos dos combustíveis, energia. Segundo o DIEESE a inflação para os mais pobres atingiu 40%.

Bolsocaro governa para o rentismo, o agronegócio e à corrupção!


Nos primeiros três anos de mandato, pagou aos rentistas da Dívida Pública em juros e amortizações mais de 3,85 trilhões de reais, mesmo assim a dívida que em dezembro de 2018 era de 3,87 trilhões deve chegar até o fim do seu mandato, em torno de 6 a 7 trilhões.

A primeira medida do governo Bolsonaro-Mourão no início da Pandemia, março de 2020, foi liberar 1,2 trilhão de auxílio aos bancos, depois a maioria governista do Congresso Nacional aprovou o PL 3877/2020 que trata de “sobra de caixa” dos bancos, onde o Banco Central aplica juros flutuantes para remunerar os banqueiros, dinheiro público desviado para iniciativa privada! Cabe destacar o volume dessa operação em agosto de 2020 de 1,6 trilhão quase 23% do PIB. O dinheiro público está indo para o bolso dos ricos, e quem sustenta o Estado com o pagamento de pesados impostos sobre o consumo resta o martírio de viver privações, a miséria e a indigência!


Outro setor beneficiado é o agronegócio, grande responsável pela escassez de produtos e a carestia dos alimentos, visto que sua produção está voltada para exportação. Recebe a maior parte dos investimentos e o que menos paga impostos para a exportação. No plano safra de 2019-2022, a maioria dos recursos é destinado ao agronegócio, se estima cerca de 690 bilhões.


Outra marca do governo Bolsocaro é a corrupção escancarada no recente escândalo de propina no Ministério da Educação sob as bençãos do ex-ministro Milton Ribeiro e do “intuitivo” presidente Bolsonaro. Não é fato isolado, milhares morriam enquanto negociavam propinas na compra das vacinas: Covaxin e AstraZeneca; Candidaturas laranjas; propinas em desmatamentos ilegais; orçamento secreto; contratos sem licitação no Estado de Emergência e licitações fraudulentas; só para citar algumas das falcatruas do governo afundado em lamaçal de corrupção.


A resposta dos de baixo é a luta!


A população enfrenta com solidariedade de classe e coragem esta tenebrosa situação. Inúmeros exemplos de autogestão para salvar vidas na pandemia e aliviar a fome de milhões. Os protestos, lutas e greves por direitos negados pelo Estado. A luta por moradia teve a recente vitória de estender até outubro a proibição dos despejos. É preciso dar voz a esse grave problema social, cobrar soluções da gestão pública e das grandes empresas! Nós classe trabalhadora que pagamos os impostos, exigimos sua aplicação em Previdência, Assistência Social, Serviços Públicos, moradia popular e infraestrutura básica. Basta de desviar dinheiro público para os sonegadores que sequer pagam impostos!


É preciso unificar as Campanhas Salariais e cercar de solidariedade as lutas e greves em curso. Nossa classe não para de lutar: Greves de operários metalúrgicos contra demissões no Vale do Paraíba-SP, Caoa Chery, Avibrás, MWL; de operários químicos em várias fábricas de Jacareí; rebelião dos operários da CSN em Volta Redonda-RJ por melhores condições de trabalho enfrentando a burocracia vendida à patronal da Força Sindical; no serviço público, destaque para educação em estados como PI há mais de 120 dias em greve. Em Belém PA servidores não docentes municipais exigem pagamento dos dias parados ao prefeito Edmilson Rodrigues da Frente Ampla que envergonha o PSOL, com sua postura autoritária, repetindo velha política junto a empresários e corruptos da família Barbalho- MDB.


Quando fechamos essa matéria, motoristas e cobradores de ônibus em SP, voltaram à greve reivindicando PLR, não desconto do horário de almoço e do tíquete alimentação devido a atestados médicos. Impossível citar todas as lutas, porém é fato que Bolsocaro segue seu desgoverno pela conivência da maioria dos dirigentes e organizações políticas e sindicais que se renderam à conciliação e ao eleitoralismo. Burocracias que negociam com a burguesia nacional migalhas de privilégios e se vendem traindo as lutas d@s trabalhador@s.


Luta Socialista se coloca a serviço da unificação e mobilização da classe trabalhadora rumo a construção de uma nova direção que supere o derrotismo, o oportunismo e o eleitoralismo, a saída para a classe trabalhadora não virá das eleições burguesas com governos neoliberais como o de Bolsonaro ou de Lula-Alckmin. Levantamos a necessidade de debater e sistematizar um conjunto de medidas que enfrente a crise capitalista que impõe mais miséria, privatizações e destruição dos recursos naturais.

Contra a carestia:

  • Redução dos preços e congelamento da cesta básica e de todas as tarifas dos serviços como energia, água, transporte, telefone, etc...;

  • Fim do imposto sobre o consumo de gêneros de primeira necessidade;

  • Taxação sobre todos os produtos de luxo; Iates, helicópteros e Jatos!

  • Taxação sobre os lucros dos bancos e grandes fortunas;

Contra o desemprego, reordenamento e reaquecimento da economia:

  • Aumento real e geral de salários;

  • Redução e redistribuição da jornada de trabalho para atingir o pleno emprego;

  • Fim dos incentivos ao agronegócio, aos banqueiros a às grandes fortunas;

  • Revogação de todas as contra reformas que retiraram direitos sociais e trabalhistas;

  • Dinheiro público somente para empresas públicas;

  • Cobrança imediata dos débitos das grandes empresas devedoras;

  • Reestatização sem indenização e fim das privatizações;

  • Imediata Auditoria da Dívida Pública, divulgação da lista dos beneficiários para reparação aos cofres públicos e fim do pagamento dessa dívida fraudulenta;

Defesa do meio ambiente:

  • Reforma Agrária agroecológica sob controle dos trabalhadores rurais.

  • Imediata demarcação das terras dos povos originários: indígenas, quilombolas

  • Fim de todas as atividades de garimpo, exploração de recursos naturais ilegais, grilagem, loteamentos clandestinos e revogação das concessões que comprometem a soberania nacional e a preservação da natureza;

  • Comissão independente, para apurar assassinatos de Maxciel, Dom, Bruno, Alex e Vitor, formada por representantes de entidades da classe trabalhadora, rurais e urbanas de ilibada conduta e comprovado compromisso com a preservação da natureza, representantes dos povos originários que defendem com a vida a natureza e os seus territórios para propor medidas emergências de enfrentamento à crise climática.

Defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica, de Qualidade para Todes!


EQUIPE: PROFESSORA SILVIA LETÍCIA

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